sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Campeonato Nacional de Maratonas 2009














Esta prova foi marcada por um azar, ainda antes do dia... a lesão do António Silva, nas costas.
Por muita vontade que se tenha em fazer um Campeonato nunca corre bem quando se está bastante lesionado. Essa triste notícia deitou por terra a possibilidade de trazermos o título de Campeão Nacional de Veteranos B.
Também o nosso Myro não pode estar presente. Para azarar ainda mais as coisas tinhamos o Rui Lima com uma dor de garganta e o Cláudio Costa a recuperar de uma semana bastante "constipada".

Partimos sábado de manhã, véspera, na nossa Iveco de 10 lugares.
Ao fim da manhã estavamos em Lisboa e pouco depois a almoçar num restaurante madeirense no Montijo. Passamos uma boa parte da tarde em direcção a Sagres pela Costa Vicentina nas belas curvas alcatroadas da Nacional.

Ao final da tarde, e nas calmas, lá chegamos a Pedralva para levantarmos os dorsais e frontais, chips e indicações para a prova. Após uma animada conversa com o organizador, o Sr. Ramiro, lá nos direccionamos para a famoza pizaria de Pedralva, que já só tinha uma mesa de 4 onde coubemos 5.

Domingo lá nos levantamos ao som da Cabritinha do Zé Manel às 7h da manhã. Feitos os preparativos e tomado o pequeno almoço lá foi altura de nos dirigirmos para Pedralva. Chegados ao local da partida, houve ainda muito tempo para um aquecimento e preparativos finais.

Com algum atraso lá se fez o briefing, a chamada por categorias e a partida para uma prova que se adivinhava rápida mas, mesmo assim, dura.

Dada a partida, lá foram as centenas de atletas em direcção aos diversos tipos de percursos. Marcada com um início a descer ligeiramente durante uns 5 km e logo a seguir por uma subida que nos levou logo acima das 190 btm. Pouco depois da partida lá se juntou a mim o Rui Lima e começamos a encontrar um ritmo comum. Era já nossa intenção fazermos a prova juntos, caso fosse possível. Pouco depois estavamos a encostar-nos ao Cláudio que tinha partido à nossa frente na categoria de Elites. Alguns km rolantes em conjunto e comecei a descolar-me dos colegas de equipa pois estava integrado num grupo de roladores.

Chegamos ao 1º abastecimento, perto da praia, e decidi abrandar um pouco o ritmo pois os colegas estavam para trás e a partir dali ia subir um pouco mais e precisava do Rui para me ajudar a trepar. Passados uns minutos lá vem o Rui no grupo da Celina e alguns elementos da Barbot que vinham a trabalhar para ela. Perto andava, também, a Andreia Moço (que fez comigo o curso de instrutor certificado Schwinn). Bastantes km a rolar, a subir e a descer até que surge uma subida maior e o Rui descola. Comecei a sentir o pouco treino feito, a pouca preparação e o cansaço acumulado de várias semanas de trabalho desgastante.

Ainda antes do 2º abastecimento, ao km 58, apareceu a parede do dia... uma subida com 100m de comprimento e muito, mas muito, inclinada. Toca a desmontar e a levar a Scalpel pela mão, com muito custo. Além da subida íngreme o calor apertava. No final dessa subida foi altura para constatar que não havia água no abastecimento. Após 10 minutos agonizantes e muitas reclamações lá chega a organização com garrafões de 5l de água. O estrago estava feito. Demasiado tempo parado e a ver diversos atletas a passar por nós, aqueles que têm um equipa organizada e que fazem os próprios abastecimentos durante a prova sem dependerem da organização (é um ponto negativo na nossa equipa, ainda não temos elementos para nos fornecerem comida e bebida durante a prova).
Lá arrancamos, eu e o Rui, pelos estradões fora, encostamos a um grupo bastante rápido e pela beira das falésias fazia-se sentir algum nevoeiro que veio ajudar a refrescar. O Rui encontrava-se bastante bem e foi com alguma dificuldade que me fui agarrando a ele. Até que descolou e só o fui buscar no 3º abastecimento.

Após a recolha de uma garrafa de água, lá seguimos para os km finais. Rolamos em estradões que teimavam em ser demasiado ondulados para se considerarem simples e rápidos. Tempo de meter um gel pois era preciso

Após uma zona de muita areia o Rui foi quebrando e curiosamente fui-me restablecendo. Falntavam apenas meia dúzia de km até ao final e o Rui obriga-me a descolar para evitar que fosse absorvido por um grupo de "A's" que vinha atrás. Senti-me forte e foi sempre a abrir até ao final com a vantagem de ter ido buscar mais 2 lugares, um a um veterano A e outro a um Elite.

Começavam a aparecer as placas de 1km, 500m, e... a Meta. Estava feita a Maratona.
Passados 3 minutos chega o Rui e lá nos sentamos na meta a apreciar quem já lá estava e quem ia chegando.

Tempo para encontrar o Tiago Aragão na Meta, trocar umas impressões e perceber como tinha sido a frente da corrida.

Fomos bebendo umas águas, e chegou o martírio do Rui... as caimbras no final das provas... até gania deitado no chão agarrado às pernas.

Não havia sinal do Cláudio nem do Zé Manel. Até que o Zé Manel chega, vai dar uma volta para relaxar e encontra o Cláudio a descansar na carrinha. Tinha desistido pois não se sentia bem face à recuperação da gripe.

Feita a maratona toca a fazer o rescaldo dos tempos...
Cláudio Costa - Elite - DNF
Ricardo Pereira - Vet. A - 33º lugar - 4:54:39
Rui Lima - Vet. B - 15º Lugar - 4:57:40
Zé Manel - Vet. C - 5º Lugar - 5:48:02

Vitória nas seguintes categorias:

Elites: Luís Leão Pinto - 3:48:28
Vet. A: Rui Lavarinhas - 3:48:31
Vet. B: José Henriques - 3:55:17
Vet. C: Carlos Cabrita - 4:15:58
Fem: Andreia Moço - 4:35:04

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