terça-feira, 7 de abril de 2009

Treino para o Geo-Raid de São Pedro do Sul

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Na passada sexta-feira meti-me no carro e fui ter com o Nuno Machado para fazermos um treino em conjunto para a prova que se avizinha - Geo-Raid de São Pedro do Sul. Faltam escassas semanas para os dois dias intensos de prova e a conjugação de treino é fundamental para que os andamentos sejam similares. E não andam muito longe disso, permita-me o Nuno a modéstia...

O dia anterior foi de testes de lactato e os resultados observados davam-me confiança pois contava com um aumento de 11%, em dois meses, na relação peso/potência.

Para começar bem o treino poderei dizer que ao fim de poucos segundos de termos cruzado o portão de casa dele já estavamos em estradão... fenomenal... o monte nas traseiras de casa, o sonho de qualquer cromo que pedale. A 1ª hora seria de aquecimento e lá nos metemos por locais já conhecidos do BTT Magazine . Rodamos aos zig-zags por estradões cheios de areia, cruzamos a linha de Comboio do Oeste, e iamos em direcção a Montejunto, mas até lá ainda faltava...

Subimos a um parque eólico, cheio de ventoinhas, e diga-se de passagem que estavam ligadas no máximo... elas estavam a produzir muito vento mas mesmo assim lá continuamos. Uma chamada de trabalho "desculpe, estou numa reunião de obra, ligue-me mais tarde"... Passagem fabulosa por uma corda cheia de moinhos antigos, uma vinha quase infindável, até que chegamos às primeiras verdadeiras subidas do dia, qualquer coisa suficiente para nos pôr no limiar num abrir e fechar de olhos.

-"Vês aquele estradão a cortar a montanha? Já lá vamos"- tratava-se de um estradão fantástico a rodear Montejunto. A Paisagem estava prestes a mudar radicalmente. Passados alguns minutos estavamos nesse estradão, que cortava a lateral do monte sem dó, um caminho quase sempre a subir, com uma encosta a pique do lado direito. Metemos a talega e lá fomos afiar o 44 por lá acima... Subida progressiva super-divertida.
Mais à frente o Nuno começou-me a meter medo com uma surpresa que tinha guardado: a derradeira subida para Montejunto.
Era hora de provar que não precisava do 22, que o 29 era o suficiente, e assim foi. Ao Km 52 foi altura de meter Nitro nos presuntos e trepar como se não houvesse amanhã. A subida valeu bem o esforço, a paisagem era vasta e ampla, ao fundo via-se o recorte horizontal do mar, carregado com alguma nublina. Mais porrada só ao Km 80...

Chegados ao Km 80, como já disse... porrada. Mais uma "pequena" subida de 2km de 250m de acumulado. Depois disso foi altura para parar e apreciar mais uma vez a vastidão de Torres Vedras e observar com nostalgia os telhados do condomínio do Nuno, ao longe. Era lá a próxima paragem.

Ficou a clara sensação de que estava a pedalar novamente numa prova épica, com um companheiro. À parte dos normais piropos entre ciclistas e companheiros, as bocas "apaneleiradas" ou machistas do costume está patente a confiança, a relação quase visceral que se desenvolve quando se sofre em conjunto para um único objectivo. Só quem já fez uma prova épica por etapas, com companheiro, percebe do que falo... fica a expectativa para os dias 25 e 26 de Abril. Ate lá tenho o campeonato da Maia de XC e muito mais treino, logo a seguir é altura para Portalegre.

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