sexta-feira, 30 de julho de 2010

GeoRaid #2 Serra da Estrela | Relato dia 2






Acordamos para mais um dia, já restabelecidos do empeno do dia anterior.
Fazia já muito calor e não havia vento. Já se sentia que o calor ia ser pior do que no dia anterior.

Devidamente alinhados na nossa box, esperamos pela nossa partida.


Essa fez-se em muito bom ritmo dado que os primeiros quilómetros foram sempre a descer, primeiro por estrada, depois por umas descidas cheias de pedra e mais tarde por caminhos cheios de regos e areia, aqueles que eu detesto mesmo.

O Rui lá se distanciava um pouco em cada descida que faziamos, e lá esperava por mim no seu fim.
Entretanto começaram as primeiras subidas, com início em alcatrão e eu a tentar convencer o Rui que teríamos de atacar com calma... "deixa-os ir" - dizia eu.
E assim foi, as outras equipas lá iam passando por nós, e nós lá iamos apanhando as equipas com maior handicap.

E assim foi até 1/4 da primeira grande subida, altura na qual já me sentia com a digestão feita, com o pequeno-almoço já devidamente digerido. Iamos a subir com uma outra equipa, comigo na retaguarda a guardar rodas... "saltou-te a mola ó palhaço?" perguntou o Rui - "anda, vamos" - disse-lhe eu. E começamos a subir bem aviados, e a recuperar as equipas que nos haviam já ultrapassado.
Uma a uma, lá iam ficando para trás, até chegarmos ao ponto de água. Voltamos a montar rapidamente e engatamos num grupo grande, com malta da Longusbike, entre outros.
Rapidamente, num estradão sempre a subir, isolamo-nos desse grupo numeroso, com mais uma equipa e lá fomos rolando de talega aviada, monte acima. O estradão era favorável para quem rola bem e tem pernas para aviar. O nosso caso!!!

Mais tarde vieram algumas descidas, zonas de bosque muito bonitas, mais umas descidas, mais umas subidas, até que engatamos na ultima grande subida do dia.

Mais uma vez, disse ao Rui: "vamos atacar com calma, mas sempre certinhos", "bóra lá" disse ele.
E assim foi, fomos subindo, por mato e por alcatrão até ao Poço do Inferno, sempre a ultrapassar equipas, entre as quais, o Mário Roma e a Adriana Nacimento.
Lá nos fomos mantendo estáveis, com o calor a apertar imenso e a água no fim.

A meio dessa longa subida comecei a ter dores na parte inferior do pé direito, não sei bem porquê, até hoje. Obrigou-me várias vezes a desmontar para aliviar a dor, mas mais uma vez não estavamos ali para desistir nem perder os lugares conquistados durante toda a manhã.
E assim fomos subindo, com apenas uma única equipa a passar por nós, uns simpáticos todos de cor-de-laranja.
Mais tarde veio a zona em que sou realmente forte... rolar para o final.
Deve ser o cheiro da meta, ou uma outra coisa qualquer similar, que me dá aquela pika para me curar de todas as dores e todos os cansaços.
Comecei a bombar forte, com o Rui sempre a vir comigo, mesmo sem cerveja.
E rapidamente nos afastamos dos perseguidores, e a muito bom ritmo.
Chegamos ao Centro dos Limpa-Neves e, novamente, sempre a descer por alcatrão até à meta.

Mais uma vez, a enorme felicidade de cortar o arco, ainda por cima com um tempo muito mais interessante do que no dia anterior, e a nossa melhor prestação em termos de etapas do GeoRaid.

Fizemos 22º lugar nesse dia, a contrastar com o 63º do dia anterior.
Em termos de Troféu, estamos em 19º lugar, mesmo a seguir às grandes máquinas que preenchem o TOP 20 no troféu GeoRaid, esta grande aventura com GPS.

Mais uma vez, Obrigado Rui Paiva Lima, por seres um excelente companheiro e um excelente navegador.

3 comentários:

Rui lima disse...

Não tens que agradecer amigao

FRINXAS disse...

Só faltam os violinos para dar o ambiente ao vosso romantismo. LOL

É assim mesmo amigos, espírito de equipa acima de tudo. Como sabem, o meu parceiro foi o que foi no 1º dia, mas amigos..... TEAM SPIRIT. Na boa...

É assim mesmo.

Anónimo disse...

Amigos, Companheiros, o que quer que seja... tem muito valor.